Nesta etapa, MP e advogados apresentarão
testemunhas.
Após conclusão, data do julgamento poderá ser marcada.
Processo que apura morte e desaparecimento de
Eliza Samudio entra em nova fase
(Foto: Reprodução/TV Globo)
O processo que apura a morte e o desaparecimento de
Eliza Samudio entrou em uma nova fase – a última antes do julgamento –, segundo
o Tribunal de Justiça de Minas Gerais (TJMG). Todos os recursos encaminhados
para a 4ª Câmara Criminal, em Belo Horizonte, já foram analisados e esgotados
em segunda instância. Desde sexta-feira (24), os autos retornaram para a
Comarca de Contagem. Bruno Fernandes e mais seis pessoas são réus no processo.
O atleta, Luiz Henrique Romão – o Macarrão –, e Marcos Aparecido dos Santos – o
Bola – são os únicos que aguardam o julgamento presos.
De acordo com o TJMG, nesta nova etapa, prevista pelo
artigo 422 do Código Penal, a presidente do Tribunal do Júri de Contagem,
Marixa Fabiane Rodrigues Lopes, determinará a intimação do Ministério Público e
dos defensores para apresentarem as testemunhas que vão depor. Após a
intimação, cada advogado terá o prazo comum de cinco dias para indicar até
cinco testemunhas. A juíza poderá, ainda, ordenar diligências, a pedido dos
advogados, para esclarecer algum fato que interesse ao processo.
De acordo com o TJMG, depois da conclusão desta
fase, a juíza poderá marcar a data do julgamento. Entretanto, não há previsão
para que isso seja feito. Ainda segundo o Tribunal de Justiça, esta fase,
coordenada pela juíza Marixa Fabiane, ocorre paralelamente ao julgamento de
recursos em instâncias superiores. A defesa de Bruno, um dos réus no processo,
aguarda o julgamento de um habeas corpus pelo Supremo Tribunal Federal (STF).
Caso Eliza
Samudio
O goleiro Bruno Fernandes e mais sete réus foram pronunciados a júri popular no
processo sobre o desaparecimento e morte de Eliza Samudio, ex-namorada do
jogador. Para a polícia, Eliza foi morta em junho de 2010 na Região
Metropolitana de Belo Horizonte, e o corpo nunca foi encontrado.
Após um relacionamento com o goleiro Bruno, Eliza deu à luz um menino em
fevereiro de 2010. Ela alegava que o atleta era o pai da criança. Atualmente, o
menino mora com a mãe da jovem, em Mato Grosso do Sul.
O goleiro e o amigo Luiz Henrique Romão vão a júri popular por sequestro e
cárcere privado, homicídio triplamente qualificado e ocultação de cadáver. A
Justiça havia atribuído as mesmas acusações a Sérgio Rosa Sales, mas ele
respondia ao processo em liberdade. Ele foi encontrado morto no dia 22 de agosto de 2012. Já
o ex-policial Marcos Aparecido dos Santos também está preso e vai responder no
júri popular por homicídio duplamente qualificado e ocultação de cadáver.
Dayanne Rodrigues, ex-mulher do goleiro; Wemerson Marques, amigo do jogador, e
Elenílson Vítor Silva, caseiro do sítio em Esmeraldas, respondem pelo sequestro
e cárcere privado do filho de Bruno. Já Fernanda Gomes de Castro, outra
ex-namorada do jogador, responde por sequestro e cárcere privado de Eliza e do
filho dela. Eles foram soltos em dezembro de 2010 e respondem ao processo em
liberdade. Flávio Caetano Araújo, que chegou a ser indiciado, foi inocentado.
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