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domingo, 9 de novembro de 2014

A história de um louco por Jesus

Paulo – Roma – 64 d.C.

Quando o feroz Saulo de Tarso caiu do cavalo e teve uma visão do Cristo vivo, ficou cego. Enquanto isso, o Senhor Jesus mandou Ananias ir ate onde Saulo estava para lhe devolver a visão e batizá–lo. Todavia Ana­nias retrucou: "Senhor, tenho ouvido muita coisa a respeito desse homem e de todo o mal que ele tem feito aos teus santos em Jerusalém. Ele che­gou aqui com autorização dos chefes dos sacerdotes para prender todos os que invocam o teu nome". Entretanto, Jesus respondeu: "Vá! Este ho­mem é meu instrumento escolhido para levar o meu nome perante os gentios e seus reis, e perante o povo de Israel. Mostrar–lhe–ei o quanto deve sofrer pelo meu nome".
E assim aconteceu. Desse episódio em diante, a vida de Paulo foi marcante por dois fatores: o poder de Deus e os muitos sofrimentos que experimentou. Em vários lugares e de várias maneiras, Paulo foi persegui­do, aprisionado, torturado, chicoteado, e rejeitado...
Numa carta à igreja de Corinto, ele conta resumidamente alguns de seus sofrimentos: 'Trabalhei muito mais, fui encarcerado mais vezes, fui açoitado mais severamente e exposto à morte repetidas vezes. Cinco vezes recebi dos judeus trinta e nove açoites. Três vezes fui golpeado com varas, uma vez apedrejado, três vezes sofri naufrágio, passei uma noite e um dia exposto à fúria do mar. Estive continuamente viajando de uma parte a outra, enfrentei perigos nos rios, perigos de assaltantes, perigos dos meus compatriotas, peri­gos dos gentios, – perigos na cidade, perigos no deserto, perigos no mar e perigos dos falsos irmãos. Trabalhei arduamente,– muitas vezes fiquei sem dormir, passei fome e sede, e muitas vezes fiquei em jejum,– suportei frio e nudez" (2 Co 11.23–27).
Paulo sobreviveu a tudo isso e, finalmente, chegou a Roma, por vol­ta de 55 d.C. Ali foi colocado em prisão domiciliar até seu julgamento diante de César. A maior parte dos escritores antigos concorda que, ape­sar de quase todos os seus amigos o terem abandonado, Paulo defendeu–se com tanta sabedoria e persuasão diante de César que ficou livre por mais algum tempo.
Após mais algumas viagens missionárias, foi novamente preso e, por ser um declarado seguidor de Jesus, foi sentenciado à morte. Enquanto esperava o dia de sua execução, escreveu para seu discípulo Timóteo, dizendo que Deus já havia preparado seu coração–. "Eu já estou sendo derramado como uma oferta de bebida. Está próximo o tempo da minha partida. Combati o bom combate, terminei a corrida, guardei a fé. Agora me está reservada a coroa da justiça, que o Senhor, justo Juiz, me dará naquele dia" (2 Tm 4.6–8).
E, finalmente, o dia chegou. Paulo foi levado para fora da cidade e, por ser cidadão romano, não foi torturado como tantos cristãos que já haviam sofrido barbaramente nas mãos de Nero. Aos 64 anos de idade, o apóstolo foi decapitado.
Jesus Freaks correm bem até fim. Paulo tinha muitos motivos para desanimar diante das lutas, mas escolheu seguir adiante. O evangelho fácil, que prega uma vida só de vitórias,  é uma farsa.
Jesus nos fez várias promessas. Uma delas é a de que no mundo teríamos aflições [Jo i6.33). Fugir disso é negar a essência do evangelho, pois Cristo nos promete que, juntamente com as lutas, estará conosco até o fim (Mt. 28.18–20). E como se, junto com a enchente, ele mandasse um bote salva–vidas O combustível de que necessitamos para chegar bem ao final da corrida é a graça de Jesus. Essa mesma graça que bastou para Paulo também é suficiente para nós hoje.
(Extraído do livro Jesus Freaks do pastor Lucinho Barreto)


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