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quinta-feira, 28 de julho de 2011

MEU MARIDO ME DEIXOU, E AGORA?


“Também foi dito: Aquele que deixar sua mulher, dê-lhe carta
de divórcio. Eu, porém, vos digo que qualquer que repudiar
sua mulher, a não ser por causa de infidelidade conjugal, faz
que ela cometa adultério, e aquele que casar com a repudiada,
comete adultério” (Mateus 5:31-32).
Uma das maiores frustrações de uma mulher é ser abandonada pelo
marido, o companheiro-amigo em quem ela depositou seus sonhos de
casamento e de família. É como se, de uma hora para outra, o
universo viesse a desabar em sua frente. Depois que, além da
dificuldade de um possível diálogo, restam filhos, casa,
responsabilidades que antes eram atribuídas apenas ao marido e,
claro, aquela sensação de fracasso, de derrota, que sempre provoca a
pergunta interior: “onde foi que eu errei?” Dependendo do caso, às
vezes fica até mais fácil recomeçar... mas que o recomeço na maioria
das vezes é um fardo pesado... disso não tenho dúvidas.
Por mais que conselhos sirvam somente para amenizar a dor de uma
separação, é necessário compreender alguns pontos que ajudarão a
obter uma significativa melhora de vida; e o primeiro deles, refere-se
em não perder a classe e a esperança diante de uma circunstância
adversa. Seja lá qual tenha sido o motivo ou quem o motivou,
devamos transmitir ao próximo a certeza de que o outro, até aquele
momento, havia se relacionado com alguém muito educada, de bons
princípios e moderada no falar. Essa impressão positiva de que temos
classe para resolver e superar qualquer problema, embora venha a
ser apenas superficial, é extremamente indispensável porque se
constitui em uma reação oposta ao clima que se criou. Por isso nunca
saia de um relacionamento agredindo; demonstrando desespero,
culpa, fracasso, rancor etc. Esses sentimentos só irão alimentar ou
despertar a sensação de que estávamos relacionados com uma
pessoa descontrolada emocionalmente. O descontrole emocional
fecha portas para o sucesso e alimenta o ego de quem não nos quer
ver felizes. Outra palavra citada foi “esperança”. Ela significa que não é hora de agir; de se precipitar, mas de esperar. Esperar o quê? Que
a “poeira baixe”, que você consiga reorganizar as idéias; “arrumar a
casa”; raciocinar melhor; enxergar que nem tudo está perdido: nem
na sua vida individual nem na sua vida familiar. É isso mesmo. Nem
toda separação é definitiva, dependendo de como reagimos a ela. Há
separações que funcionam apenas como a uma bússola de ajuste
para o casal. Não estou dizendo com isso que sou a favor de
separações; mas que, em algumas circunstâncias, ela serve para
ajustar alguns pontos que o casal não estava conseguindo fazer
enquanto estava junto. É o chamado “refúgio covarde”. O ideal é que
as peças sejam ajustadas dentro do próprio casamento, sem
necessidade de uma separação. Esse ajuste traz maturidade e
consistência ao matrimônio. O segundo ponto dessa análise é ter em
mente que a responsabilidade pelo suposto fracasso é exclusivamente
sua. Costumamos transferir responsabilidades para o outro ou para
terceiros (quando há uma terceira pessoa envolvida) e esquecemos
que somos responsáveis por tudo o que plantamos em nossa vida,
nossas atitudes e o que nasce de nossas ações. Quando um amigo
me faz mal eu raciocino: eu sou o responsável por isso. Onde quero
chegar com essa análise? Fazer com que você enxergue um ponto
inicial disso tudo. Se você parar para pensar vai perceber que, em
algum momento, por motivos diversos, você abriu as portas para que
algo ou alguém entrasse em sua vida: sentimento, filosofia, conselho,
pessoa etc. E você é único responsável por isso. Às vezes o problema
não existe apenas quando ele se manifestou pela primeira vez, mas
desde quando permitimos, mesmo sem saber, que entrasse em nós.
Ele pode ter existido bem antes de ter se manifestado. Isso depende
dos conceitos que a pessoa tenha e dos critérios que ela adote...
Lembra-se de Judas Iscariotes, o traidor? Quando JESUS o escolheu
para fazer parte de seleto ministério apostólico, será que ele já não
era traidor? Ou somente se tornou a partir de um momento de
ambição por algumas moedas? JESUS o escolheu porque era
cumprimento da promessa de DEUS feita por meio dos profetas
antigos. Outro detalhe: quando o primeiro homem “caiu” no Éden, a
primeira atitude que teve foi transferir a responsabilidade dele para a
mulher que DEUS lhe tinha dado como companheira. Saiba: você é
única responsável por tudo o que acontece em sua vida. Jamais
transfira para outros o que é de inteira responsabilidade sua. O
melhor é reconhecer para si e para Deus. Isso traz um alívio na alma
e uma tranqüilidade renovada para recomeçar e para esperar. O
terceiro ponto é respeitar o “direito” de quem se sente no direito de
não nos querer mais. Pareceu complicado? Então vou explicar
melhor: as pessoas não precisam necessariamente de motivos claros
e justos para propor uma separação. Elas podem alegar
simplesmente que não querem mais; que o amor acabou; que não
sente mais desejo sexual, motivos, digamos, no mínimo inaceitáveis
para quem construiu uma longa história de vida. Embora pareçam
inaceitáveis, você precisa fazer com que se tornem aceitáveis para si própria; convencer-se interiormente disso. O que é suficientemente
necessário para alguém pode não ser para outra pessoa. Nem sempre
o outro vai conseguir ou querer nos convencer com os reais motivos
da separação. É normal. Às vezes é porque não gostaríamos de forma
alguma que ela acontecesse, tornando para muitos o fim do mundo.
Por isso relutamos tanto em não aceitar. Mas o conselho serve: não
confronte o que está aparentemente decidido pelo outro com o que
você acha, acredita. Talvez isso só cause mais constrangimentos. A
não ser que o outro deixe a possibilidade de, num possível diálogo,
aceitar novos argumentos desfavoráveis à separação. No penúltimo
ponto, em toda separação deve haver respeito à liberdade de
expressão, de decisão e de opinião do outro. É doloroso descobrir
depois de algum tempo que, aquela pessoa a quem escolhemos para
ser nosso companheiro por toda a vida e construir uma família, não
afina mais os pensamentos com os nossos e que não há o menor
interesse mais disso. Mas aceitar de “cabeça erguida” é o mínimo que
devemos fazer. Aceitar aqui não significa desistir. Você pode deixar
livre o caminho do outro (ainda que seja contra a sua vontade), mas
começar a trabalhar uma renovação interior consigo mesma, sem
descartar, se assim deseja, a volta para a casa do seu marido.
Geralmente quem quer a separação o faz alegando motivos dentro do
casamento, do relacionamento. Mas esse esfriamento quase sempre é
causado por “novidades externas” à família, como amizades; busca
de depravações sexuais; mulher mais jovem e mais sensual;
liberdade de solteiro (sair com os amigos e chegar a hora que quer
em casa) etc. São ilusões que penetram o coração do marido,
cegando-lhe o entendimento, e o fazendo acreditar que todas essas
coisas são melhores do que o lar que um dia ele constituiu. O quinto
e último ponto é o mais importante de todos: ande e viva com
inteireza de coração diante de DEUS. Tenha a consciência em paz
com DEUS de que você foi a melhor esposa e melhor mãe enquanto
seu marido quis estar ao seu lado (“A mulher sábia edifica a sua casa,
mas a tola, com as próprias mãos a derruba”. Provérbios 14:1). Se
você tem certeza de que seu casamento foi realizado segundo a
vontade de DEUS, saiba que o Senhor “tudo pode; e nenhum dos
Seus planos pode ser impedido” (Jó 42:1). Então entregue sua causa
ao PAI Supremo e espere; porque ELE lhe dará vitória e somente ELE
pode mudar o coração de um marido corrompido pelo pecado e
enganado por satanás e seus demônios. Mantenha-se de pé por
dentro, em sua integridade moral e espiritual. Nunca desfaleça: “Por
isso não desfalecemos. Ainda que o nosso homem exterior se
corrompa, o interior se renova de dia em dia. Pois a nossa leve e
momentânea tribulação produz para nós eterno peso de glória, acima
de toda comparação. E não atentamos nas coisas que se vêem, mas
nas que não se vêem. Pois as que se vêem são temporais, e as que
não se vêem são eternas” (2 Coríntios 4:16-18). Dessa forma, no
tempo de colheita você terá muito mais motivos, diante de DEUS, para receber grande galardão de vitória, por ter sido uma esposa
íntegra e reta...
FERNANDO CÉSAR – Escritor, autor dos livros “Não Mude de religião:
mude de vida”; “Pódio da Graça” e “Antes que a luz do sol escureça”.
Também é líder do “Ministério Interdenominacional Recuperando
Famílias para Cristo”

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