Jonas é um dos profetas escolhidos pelo Senhor que muito me chama atenção sobre a realidade social e política que vivia em Israel. O nacionalismo imperava em uma nação onde homens e mulheres não mais alcançavam a condição de classe média, apenas alguns eram conhecidos como ricos e a maioria vivia na pobreza. Era tempo de crise, e Israel constantemente tornava-se alvo de nações que desejavam dominá-los, pois sempre foi cobiçada por seus inimigos.
A situação do povo não era das melhores, muitos se apostatavam da fé, tanto quanto aos ninivitas que viviam em idolatrias, que habitavam na capital da Assíria. Nesta história que é marcada por preleções que diretamente fazem referências a desobediência de Jonas, intrigou-me ao verificar quanto peso, não somente de responsabilidade, Jonas tinha em seus ombros.
Nínive, que se localizava na Assíria, era a capital do principal inimigo de Israel. O poderio de Israel estava sob constante confronto e amedrontamento; por mais que a nação tivesse grandes exércitos e armamentos, ainda assim, a Assíria representava-se como um grande oponente. Jonas, em primeiro caso, resistiu à ordem de Deus, pois como poderia querer bem um povo que desejava o fim de sua nação?
Obedecendo ao Ide, mas em direção oposta ao que Deus lhe havia ordenado, entrou em um navio que ia em direção a Tarsis; que no contexto global de que tinha conhecimento era o lugar mais longe da atualidade. Jonas foi chamado a pregar, anunciar e exortar a um povo que confrontava todas suas ideologias políticas. O porquê de Deus não ter ordenado que a exortação fosse a Israel, era de que o Senhor queria quebrar os paradigmas e ideologias incutidas na mente daquele hebreu, o fazendo entender que a todos Deus destina salvação.
Muitas vezes Deus nos chama a fazermos e agirmos de maneira totalmente contrária às nossas convicções. Entramos em barcos que nos levam para longe, mas o mar e o vento contra nós se levantam. Obedeçamos a Deus e deixemos nossas diferenças, preguemos o evangelho, anunciemos a palavra a todos os povos, línguas, tribos e etnias, pois esta é nossa missão.
Calebe Ibaldo Moreno
Departamento de Comunicação GMUH
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