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sábado, 6 de agosto de 2011

Governo quer capacitar 50 mil educadores para enfrentar o crack em 2012


Governo quer capacitar 50 mil educadores
para enfrentar o crack em 2012

Presidência também deve lançar edital em agosto propondo parceria com ONGs
Marina Novaes, do R7
Paulina DuarteAgência Brasil
Secretária Paulina Duarte, do Senad, defende treinamento de voluntários para ajudar usuários

O governo federal pretende oferecer treinamento a até 50
 mil professores das redes públicas de ensino, em 2012, com
 informações sobre como enfrentar o crack e formas de abordar
 o problema nas escolas. De acordo com a secretária Paulina 
Duarte, que coordena o Senad (Secretaria Nacional Antidrogas),
 a iniciativa faz parte do plano nacional de combate ao crack,
 lançado pelo governo no ano passado.
A secretária falou sobre essas e outras ações durante o seminário “Educadores
 contra o crack”, realizado pela revista Carta Capital nesta sexta-feira (5), 
em São Paulo. De acordo com Paulina, porém, a pesquisa inédita com os 
números de usuários da droga e o perfil do consumo do crack no Brasil – 
carro-chefe do programa – permanece ainda sem prazo para ser lançada, 
devido a atraso na coleta de dados, ocasionado pelas chuvas que atingiram
 sobretudo a região serrana do Rio de Janeiro, no início do ano.
- É uma pesquisa muito complexa, porque ela tem toda uma abordagem 
diferenciada, que é de convidar o usuário a fazer exames para saber se ele 
tem HIV [vírus da AIDS], sífilis, hepatite B e C, etc. Então, apesar dessa ser 
uma atividade de pesquisa, nós já iniciamos um trabalho de acompanhamento
 aos usuários.
A expectativa inicial do governo era lançá-la ainda no 1º semestre de 2011,
 mas o levantamento de dados só deve ficar pronto no final do ano. Com a 
pesquisa, que pretende abordar 25 mil pessoas (inclusive nas zona rural), 
será possível apontar com precisão o número de dependentes do crack no
 país e o perfil desses usuários. Isso, diz Paulina, facilitará a criação de 
programas de tratamento aos pacientes no SUS (Sistema Único de Saúde).
Apesar do atraso, a secretária informou que o governo já iniciou o contato 
com os Estados e alguns municípios para definir estratégias para enfrentar 
as “cracolândias” nas cidades.
O governo também pretende iniciar, ainda neste mês, um mapeamento 
de todas as comunidades terapêuticas de tratamento aos usuários de drogas
 no país, coordenadas por ONGs (organizações não-governamentais). De 
acordo com Paulina, o objetivo é convidar, em edital que será publicado
 nas próximas semanas, essas instituições a trabalhar em parceria com o 
governo, mas ainda não foi divulgado quanto será investido nessas ONGs.
Questionada sobre a internação compulsória de usuários de crack, medida
 que passou a ser adotada recentemente por algumas cidades, como o Rio 
de janeiro e São Paulo, Paulina evitou fazer críticas, mas disse que “as 
experiências mundiais e pesquisas científicas apontam que os melhores
resultados ocorrem quando as pessoas estão motivadas” a participar do 
tratamento – daí a importância da formação de educadores, principalmente
 daqueles que atuam nas escolas que atendem à população de baixa renda.
- Muitos erros ainda são motivados pelo medo [do problema] e pelo 
desconhecimento. O conhecimento e a informação ainda é o tratamento
 mais adequado que podemos oferecer.

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